sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mais dos doces de Paris

Por Adriana Haddad


Eu conheci a confeitaria Gerard Mulot em 1994, se não me engano, e desde então se tornou mais um daqueles programas obrigatórios em Paris.

Fui à casa do meu primo-amigo de infância-brother Rafael que mora na rue de Tournelles, para um chá num domingão as 18 hs, e disse a ele que gostaria de levar uns docinhos e ele me recomendou uma loja recém-aberta em uma esquina a 50 metros de sua casa, na esquina da Place des Vosges, foi quando descobri que a minha sonhada Gerard Mulot tinha uma outra loja no Marais!!! Eu estava acostumada a ir na rue de Seine em Saint Germain, mas senti um certo alivio em saber que ela agora se situava na minha zona favorita (Gerard Mulot, 6 Rue de Pas de la Mule).

Realmente é um pecado esse lugar, foi onde eu comi os melhores macarons de Paris, foi onde eu vi os mais lindos doces e igualmente saborosos... imaginem um mousse de caramelo com doce de pêras coberto de chocolate em forma de cone... Comprei 16 doces, éramos 4 e foi um delírio, confiram algumas fotos que fiz :) Acho que de Paris agora... só no ano que vem!


Au Revoir!!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Risoto de bacalhau zás-trás

Por Luciana Betenson




Pleno sabadão, um calor de 43º C em Ribeirão Preto, um bafo quente que parece vir do deserto do Saara, e eu encasquetei de fazer a receita dos Mexidos de Natal para o Intercâmbio Culinário. Estava sem ajuda nenhuma, já tinha feito pão de aveia e mel de manhã, já tinha lavado louça até... :) mas resolvi na última hora que ia fazer um risoto para o jantar.... desejo de risoto... nada Rita Palita!! :) )

Bom, fucei o freezer e tinha um pacote de bacalhau em lascas dessalgado que é muito legal para ter em casa. O preço é bem razoável comparando com outros de bacalhau, e é extremamente prático pois vem prontinho para ser usado... Só tive que deixar uma meia hora escorrendo em uma peneira NA TEMPERATURA AMBIENTE (não de iludam, é 43º C MESMO) que estava ótimo para usar.

Desculpem, blogueiros culinaristas de plantão... mas usei caldo em cubinhos mesmo, tomate da lata, salsinha já picada, pois era para ser risoto zás-trás mesmo!

Ficou muuuuito bom!! Mesmo que, como diz uma amiga minha, “um risoto nunca é igual a outro”, passo a receita deste para vocês!

Risoto de Bacalhau Zás-Trás


2 xíc (chá) de arroz arbóreo - 500 g de bacalhau em lascas dessalgado - 1 cebola picada - 2 dentes de alho bem picados - 2 col (sopa) de manteiga - 4 col (sopa) de azeite - 200 ml de vinho branco - ½ lata de tomates pelados picados grosseiramente - 3 colheres (sopa) de salsinha picada - 1 ½ litro de caldo de legumes ou de peixe - 15 azeitonas pretas grandes picadas

Faça o caldo fervendo um litro e meio de água com 6 cubinhos de caldo de legumes light. Reserve. Prepare o bacalhau: refogue o alho em 2 col (sopa) de azeite e em seguida acrescente o bacalhau e deixe refogar um pouco, para secar e cozinhar, sem mexer muito para não desmanchar as lascas. Em outra panela refogue a cebola na manteiga e no restante do azeite. Jogue o arroz e refogue por mais alguns minutos, coloque o vinho e mexa até evaporar. Vá acrescentando o caldo aos poucos, mexendo sempre, até o arroz cozinhar, mas sem ficar mole. Quando estiver quase cozido, colocar os tomates, as azeitonas e a salsinha e misturar bem. Servir imediatamente.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Desafio Finger Foods: aspargos frescos com presunto cru

Por Luciana Betenson


Mais um desafio culinário! Desta vez quem propôs foi a Chef Débora Cordeiro, do blog Mirepoix. A idéia é preparar um Finger Food, ou seja, uma comidinha pequena para se comer com os dedos, sem usar talheres.

Como diz a Débora, é “uma ótima pedida incluir no cardápio de fim de ano os famosos finger foods que podem ganhar sabores novos e refrescantes. Doces ou salgados, eles podem ser uma reinvenção para aquela salada de sempre se preparados em mini cups, por exemplo, ou como belos mini sanduíches tradicionais servidos quentes ou frios. Pense em novas bases, sai do pão e use legumes e frutas consistentes, agregando assim além de mais sabor, nutrientes para a alimentação e paladar de seus convidados. Invente!!”

Tirei a minha idéia de um livro que comprei recentemente e estou simplesmente amando: Quick & Easy Tapas, da Silvana Franco. O meu finger food é fácil e rápido mesmo!!


Aspargos frescos grelhados com presunto cru

12 aspargos frescos - 6 fatias de presunto cru - 2 col (sopa) de azeite - sal grosso e pimenta-do-reino a gosto

Aquecer o forno em 220º. Lavar os aspargos. Cortar as fatias de presunto cru longitudinalmente e enrolá-las em cada aspargo. Colocar tudo em um assadeira. Pincelar com azeite e polvilhar sal grosso e pimenta-do-reino por cima. Lembre-se que o presunto já é salgado! Levar ao forno quente por 10 minutos e servir, frio ou quente.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Finalmente Paris!

Por Adriana Haddad

Paris, para mim, é simplesmente a soma de todas as soluções de problemas que alguém possa ter... eu realmente sou fã de carteirinha... adoro.

Para começar, quando vivemos uma cidade sem nenhuma companhia como é meu caso (adoro viajar sozinha) e nunca nos sentimos sós quer dizer que um problema está resolvido! Paris é feita para ninguém se sentir só, os restaurantes têm mesas minúsculas para UMA pessoa, as pessoas estão sempre acompanhadas de um livro e/ou um cão... ao mesmo tempo é uma cidade romântica sem ser brega, é moderna mas tem uma história riquíssima, tem restaurantes para todos os gostos e bolsos, tem uma moda que se vê a olhos nus pelas ruas nas mulheres mais femininas do mundo... enfim, na minha opinião é um parque de diversões para todas as idades, aguça todos os nossos sentidos de um modo sublime... amo!


Eu tenho meus lugares favoritos que sempre que chego, entre outros passeios, faço questão de voltar, que são os restaurantes L'ami Jean e o Chez Janou. O L’ami Jean (27, rue Malar) é um bistrô bem clássico, com influência de comida basca. O lugar é pequenino, com mesinhas juntinhas umas às outras, nada fora do padrão de um bistrô parisiense. O Chez Janou já é um restaurante moderno, provençal, lindo, no Marais (2, rue Roger Verlomme).




Na Rue Sèvres, 38, há um enorme mercado gourmet, com uma variedade impressionante de temperos, especiarias, comidas, queijos e bebidas, o Le Grande Épicerie. Desta vez, porém, eu não consegui ir ao L'ami Jean porque estava com meu filho de 8 anos que se cansava muito para sair para jantar, mas fomos ao Chez Janou que estava divino, comi um filet mignon de porco com um molho agridoce de gengibre e laranjas e de sobremesa um carpaccio de abacaxí com açúcar queimado com maçarico de comer re-zan-do! No Le Grande Épicerie como vocês podem ver comecei fotografando os queijos, mas fui bruscamente "vetada" por uma vendedora e como sou politicamente correta parei imediatamente meu trabalho!

No próximo post acho que ainda teremos mais alguma coisinha de Paris...por hoje é só!

sábado, 15 de novembro de 2008

Mais da Espanha: Barcelona

Por Adriana Haddad


Mais da Espanha. Mas agora mudando bem o cenário, de Madrid para Barcelona... Em bom catalão, Barcelona faz compras na avenida Passeig de Gràcia, mas, antes de cozinhar, freqüenta, diante do calçadão da rambla de Santa Mônica, o mercat Sant Josep, chamado de La Boqueria.

Na Catalunha, comer é uma arte consignada, no século 14, no livro de receitas "Llibre de Sent Suvé" -- e Barcelona, capital dessa região autônoma da Espanha, é hoje uma metrópole de 4 milhões de pessoas edificada entre a montanha e o mar Mediterrâneo.


Assim, La Boqueria (http://www.boqueria.info/), o mais vibrante mercado local, comercializa o melhor dos dois mundos, fornecendo tanto pescados frescos e salgados, lagostins, caranguejos e moluscos, como carnes de caça, queijos e charcuteria.

A lista de iguarias à venda inclui ainda ovos diversos, frutas frescas, passas e confitadas, torrone (ou turrón), nozes e avelãs, grãos, cogumelos, olivas e conservas, legumes e uma infinidade de delicatessens, chás, ervas e temperos, com destaque para o açafrão -- tido pelo mais caro condimento do mundo, usado para dar colorido amarelo-dourado ao arroz.

Além de chefs e donas-de-casa, turistas comilões também freqüentam esse mercadão. Não preciso dizer que enlouqueci nesse lugar, mas infelizmente estava hospedada em um hotel e não em um apartamento (e esse é um erro que eu me prometi não mais repetir... é um sacrilégio em ares mediterrâneos...) e por isso não pude comprar tudo que eu vi ...e não foi pouco!


Não deixem de notar os pêssegos gigantes... maiores que o nosso punho fechado!!




segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Intercâmbio Culinário: Mexidos de Natal


Por Luciana Betenson

Resolvi participar do Intercâmbio Culinário, criado pelas queridas blogueiras Ameixa Seca, Axly e Nana (que também é minha parceira no blog Ragazze nella Cucina Italiana). O Intercâmbio Culinário, para quem ainda não conhece, é um blog que publica receitas “trocadas” entre portuguesas e brasileiras. Funciona da seguinte forma: a parceira portuguesa escolhe receitas portuguesas típicas, manda para a parceria brasileira, que então escolhe uma para preparar, e vice-versa. Minha parceira portuguesa é a simpática Mónica Pinto, do Pratos e Travessas. Entre as receitas enviadas, escolhi os Mexidos de Natal.

Razões da escolha:
1º) eu amos doces!! :)
2º) sempre fui entusiasta do hábito português de fazer receitas mais elaboradas com pão. Aqui só conheço pudim de pão... que eu adoro mas não é um doce muito valorizado...

Já em Portugal me lembro com saudade das açordas que comi... principalmente as de camarão e de bacalhau, que são uma delícia! Para mim uma espécie de “risoto”, só que ao invés do arroz se coloca... pão!

Assim, adorei esta receita de um doce português tradicional e típico do Natal, no qual também se usa o pão.

A Mónica me conta que os Mexidos de Natal são originários do Minho, região do norte de Portugal e uma das mais bonitas do país. A ceia de natal no Minho é uma refeição riquíssima que Ramalho Hortigão (escritor português) descreveu assim: " Há um só banquete português que desbanca todos os jantares de Paris, mas que os desbanca inteiramente: é a ceia da véspera de Natal das nossas terras do Minho."

Vamos à experiência!! Primeiro, busca dos ingredientes: não houve jeeeeito de achar pinhões. Procurei em todos os supermercados, dos menores aos maiores, dos populares aos chiques e caros, e nada... Pedi para a Nádia trazer de Campos de Jordão (a Meca dos pinhões em SP) mas nem lá tem pinhão mais... Assim, acrescentei um pouco mais de passas e nozes para compensar.

Depois, na hora de começar a fazer o prato, vi que não tinha limões em casa... (socorro... eu JURAVA que tinha uns dois ainda aqui...) então usei casca de mexirica – hahahahahahaaaaaaa!!

O pão foi outra dúvida. Lembro-me que o pão português é semelhante ao italiano, talvez um pouco mais macio, e como em RP não existem tantas opções, fui no italiano mesmo. Só tirei a casca dura antes de usar.

Enfim, a elaboração do prato: deu tudo certo até a hora de acrescentar o pão. O meu formou “grumos”!!! Hahahahahahahaaa! Acho que é a falta de prática... Mais ainda, fui pondo mais e mais pão, achando que não dava o ponto, no fim foi o dobro do que mandava a receita. O que ocasionou uma conseqüência interessante: depois de frio, os Mexidos de Natal ficaram com a consistência de pudim, de “corte”. Se eu tivesse enformado e desenformado como pudim, tinha ficado bem legal também!

Bom, o gosto é delicioso, puxa nos temperos do vinho do porto, da canela, do mel... e vem na boca a doçura das passas e o crocante das nozes. Uma delícia! Obrigada Mónica!!!!!!!! :)

MEXIDOS DE NATAL
(para 8 pessoas)

1 ½ litro de água
1 colher (sopa) de manteiga
1 cálice de vinho do Porto (usei um cálice com 80 ml)
casca de meio limão (usei casca de mexirica)
1 pau de canela
2,5 dl de mel (pus 220 ml)
1 xíc (chá) de açúcar
1 pitada de sal
50 g de pinhões (não usei pois não achei)
50 g de nozes (usei 100 g)
50 g de uvas passas (usei 100 g)
250 g de pão (coloquei 500 g)

Levar ao fogo a água, a manteiga, o vinho do Porto, a casca de limão, a canela, o mel, o açúcar e o sal. Deixar ferver por 15 minutos. Juntar as nozes e as passas e deixar ferver mais 15 minutos. Cortar o pão em fatias bem finas e passar as fatias rapidamente em um pouquinho de água fervente. Esta água deve ser na menor quantidade possível. Juntar o pão à mistura, cuidadosamente para não formar grumos, deixar ferver mais um pouco para apurar, mexendo sempre.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Quiche integral de ratatouille

Por Luciana Betenson


Mais um desafio do blog “Rita Palita”. Desta vez, temos que fazer uma quiche salgada. Segui à risca as instruções: além de light e nutritiva (ou seja, que deixe a Rita cada vez mais Palita, mas com saúde) a receita tem que ser rápida e bem prática (já que a Rita irá preparar sua receita quando chegar do trabalho, de noite, super cansada)...

A quiche salgada é um dos pratos coringas do jantar aqui em casa. Adoramos!!

Inspirei-me na massa de quiche integral que aprendi com a minha professora de culinária, a Dri!!! Esta massa é uma delícia, fácil de fazer, pouco gordurosa e serve para qualquer quiche salgada.

Inovei no recheio. Na aula, a Adriana deu uma quiche de abobrinha e queijo. Hoje resolvi fazer com recheio de ratatouille, que tinha sobrado do final de semana. Outra coisa fabulosa desta quiche é que você pode aproveitar qualquer resto de legumes ou verduras refogadas para fazê-la.

Pesquisei um pouco sobre quiches. Quiche é uma torta salgada de origem francesa, feita com uma base de massa e recheio de ovos e leite/creme de leite batidos. A esta mistura junta-se o que quiser: carnes, legumes, queijos. A tradicional, que é a Quiche Lorraine, era originalmente feita com creme de leite, ovos e bacon. Hoje é comum adicionar a ela cubos de queijo, principalmente gruyere ou ementhal.

Atenção!! Momento cultural: não confundir QUICHE com KIRSCH... Este último é uma bebida alcoólica, um destilado feito de cerejas.

Quiche integral de ratatouille


MASSA
1 xíc (chá) de farinha de trigo comum – 1 xíc (chá) de farinha de trigo integral – 2 col (chá) rasas de fermento em pó – ½ xíc (chá) de óleo – ½ xíc (chá) de leite – ½ col (café) de sal

RECHEIO
2 xíc (chá) de ratatouille pronto (a receita você acha aqui) - 3 ovos inteiros - ½ xíc (chá) de creme de leite - 50 g de queijo parmesão ralado – 1 col (café) de sal

Ligar o forno a 180º. Fazer a massa: juntar as farinhas, o fermento, o sal e misturar. Acrescentar o óleo e misturar mais um pouco. Acrescentar o leite aos poucos até dar liga. Deixar a massa descansar por 15 minutos. Preencher uma forma de torta média desmontável com a massa. Fazer furos com o garfo e levá-la ao forno por 10 minutos. Enquanto isto, fazer o recheio. Bater os ovos com o creme de leite na batedeira, quando ficar fofinho juntar o queijo e o sal, bater mais um pouco. Juntar o ratatouille a este recheio. Tirar a massa do forno, colocar o recheio e levar para assar por mais 15 minutos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Viajando pela Espanha: tapas

Por Adriana Haddad

Finalmente conheci a Espanha. Parecia uma coisa que estava encantada ... nunca dava certo! Devo confessar que criei uma expectativa muito grande e sendo assim me emocionei bem menos do que imaginei! Isso não quer dizer que não gostei, mas não tive altos delírios como normalmente!

No dia em que cheguei a Madrid, descansei um pouco e saí para experimentar os famosos "tapas" que são aperitivos lindos, e existem em todos os restaurantes espanhóis. Dizem que a palavra “tapas” vem de um costume antigo nas tavernas andaluzas, de “tapar” o copo de vinho entre os goles com uma fatia de pão ou de presunto, para evitar moscas na bebida. Achei engraçado porque as pessoas saem e comem os tapas e não jantam, é a própria refeição. Quis incorporar o modelito espanhol e obviamente pedi sugestão ao garçom, que me apresentou esses cujas receitas eu sugiro abaixo. São todos muito simples, básicos como a toda cozinha mediterrânea, e baseados em azeite de oliva extra-virgem, sal e alho, nada de especiarias... confiram.



Salada de atum com azeitonas e tomates

1 tomate cortado - 1 xíc (chá) de azeitonas - 1 lata de atum ao natural

Misture os ingredientes e tempere com sal e azeite de oliva extra-virgem.



Jamon Pata Negra

É nada mais que presunto cru fatiado, de excelente qualidade.

Tortilla de patatas

250 g de batatas - 6 ovos – 100 ml de azeite - 1 cebola

Descasque as batatas e, depois de lavadas, corte-as muito finas. Corte a cebola. Coloque o azeite na frigideira e quando estiver bem quente, acrescente a cebola, e logo depois as batatas. Coloque sal à vontade, movendo-as de vez em quando até que estejam bem fritas. Bata os ovos em um prato fundo com um pouco de sal, misturando bem as batatas, já fritas A seguir, ponha esta mistura na frigideira com fogo forte até que fique tudo dourado.


Pão com tomates

É um pão normal, tipo italiano, com a polpa do tomate fresco , pouco sal e azeite de oliva extra-virgem. A polpa é passada sobre o pão com azeite. Simples não é???