quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Um presente muito especial e a primeira receita dele

Por Luciana Betenson

Há alguns Natais, minha sogra presentou a filha e as duas noras com algo muito especial. Ela tirou cópias do antigo livro de culinária usado pela sogra dela, encadernou-as e colocou na capa a foto da avó paterna do meu marido, com o título: “A gift down the years from Granny Ethel Betenson”. Não é demais?

O livro é uma preciosidade. Foi publicado em 1961 por um grupo de senhoras de origem inglesa que moravam no Brasil e eram voluntárias do Strangers Hospital do Rio de Janeiro e de outros hospitais que atendiam os ingleses na época. O livro é bilíngue, escrito de um lado em português e do outro em inglês, e tem coisas muito interessantes, desde traduções de cortes de carne, peixes e legumes; dicas de culinária, conselhos domésticos e até uma receita chamada “How to cook a husband” (Como cozinhar um marido) que dá conselhos do tipo: “alguns maridos se tornam tão estragados por descuido ao cozinhar que não ficam macios e gostosos”... ou “algumas mulheres os cozinham em água quente, outras preferem congelá-los com seu descuido e indiferença”... e por aí vai :-) Ah! E tem as impagáveis propagandas antigas, como: “Use sabão em pó Rinso”, “Como é fácil limpar com Varsol!” e “Não deixe de tomar o leite de magnésia Philips” (Oi?! Num livro de CULINÁRIA?)

Escolhi como a primeira receita a fazer do livro aquela que estava mais marcada na memória gastronômico-afetiva do meu marido: os peanut butter cookies que a granny fazia para os netos. Meu marido disse que ficaram ainda melhores do que os que a avó dele fazia (deixa ela 'lá de cima' ouvir isto)...

Peanut Butter Cookies



1 xíc (chá) de manteiga (usei 100g)
1 xíc (chá) de açúcar branco
1 xíc (chá) de açúcar mascavo
2 ovos
1 xíc (chá) de manteiga de amendoim
½ col (chá) de sal
2 ½ xíc (chá) de farinha de trigo
1 col (chá) de fermento em pó químico
1 col (chá) de bicarbonato de sódio
1 xíc (chá) de amendoim torrado (opcional)

Pré-aquecer o forno a 180º. Bater na batedeira a manteiga com o açúcar branco e o mascavo. Juntar os ovos e a manteiga de amendoim, sempre batendo bem entre cada adição. Peneirar juntos os ingredientes secos e acrescentar à batedeira, aos poucos. Desligar a batedeira quando faltar uma xícara de farinha. Juntar o restante da farinha e os amendoins. Fazer bolinhas do tamanho de brigadeiros e achatá-las. Colocar em uma assadeira e levar para assar por cerca de 10 minutos. Retirar os biscoitos antes de ficarem moreninhos. Rende cerca de 40 biscoitos pequenos. (Eu usei um pouco da massa para fazer 'biscoitões', tipo aqueles americanos, pois os meninos pediram)



Feliz Natal a todos, que nossas esperanças se renovem com o renascimento de Jesus!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bolo de peras, pistaches, amêndoas e chocolate para matar a vontade

Por Adriana Haddad



Sabe aqueles dias em que dá uma vontade infinita de comer um doce, mas que precisa ser especial, sem nenhum ingrediente que te estrague o prazer depois de devorá-lo? Eu estava assim ontem... me falaram que se você esperar um pouco a vontade passa... mas acho realmente que essas coisas não funcionam comigo! Bisbilhotando o blog Fior di Zucca, encontrei essa receita que consegue reunir várias coisas que eu amo: peras, pistaches, amêndoas, chocolate amargo e rum, que usado moderadamente dá um sabor super chique. Harmoniosamente, esses ingredientes transformam-se nisso, eu provei e é delicioso, confiram!

Bolo de peras com pistaches, amêndoas e chocolate


4 peras tipo williams
100 g de manteiga
150 g de açúcar
200 g de farinha
50 g de amêndoas trituradas
70 g de pistaches descascadas e sem sal
1 col (sopa) de fermento
1 col (chá) de bicarbonato de sódio
2 ovos
100 ml de leite
3 col (sopa) de rum
200 g de chocolate meio-amargo

Descascar as peras, cortá-las em pedaços de uns 2-3 cm e colocá-las em uma tigelinha com o leite e o rum para que não escureçam. Misturar a farinha, as amêndoas, os pistaches, o bicarbonato e o fermento e reservar. Pré-aquecer o forno a 180º. Bater os ovos com o açúcar e adicionar a manteiga amolecida e, sempre batendo, o leite e o rum usado para as peras, até obter uma mistura homogênea. Desligar a batedeira, adicionar a farinha com os outros ingredientes e misturar bem. Adicionar por último as peras. Untar e enfarinhar bem uma forma desmontável de 22 cm de diâmetro, colocar a massa e levar ao forno por 35-40min ou até furá-lo com um palito e este sair limpo. Espere que esfrie um pouco, derreta o chocolate em banho-maria e passe-o sobre o bolo.



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Summer pudding, sobremesa tradicional inglesa

Por Luciana Betenson

Ano passado estivemos em Londres e fomos almoçar, a pedido do meu sogro, que é inglês 'legítimo', em uma das carveries mais tradicionais da cidade, a Simpson's-in-the-Strand. Já falei sobre este restaurante e sobre a viagem a Londres neste post.
No Simpson's-in-the-Strand escolhemos uma tradicionalíssima sobremesa inglesa, o Summer Pudding, muito aguardada pelas famílias quando chega o verão. Isto porque para fazer um bom Summer Pudding são necessárias frutas vermelhas frescas, que aparecem nesta época. E assim como o bread pudding, ela serve para aproveitar restos de pão amanhecido.

Como as frutas frescas são a alma desta sobremesa e há uma oferta de morangos orgânicos, amoras e blueberries na quitanda em Ribeirão Preto, resolvi preparar minha versão de Summer Pudding. Geladinha, é uma delícia, mas não agradou às crianças... Diria que é perfeita para os apreciadores de frutas vermelhas ou para aproveitar restos de pão.

Summer pudding



1 kg de frutas vermelhas frescas (usei morangos orgânicos, amoras e blueberries)
100g de açúcar
cerca de 400 g de pão italiano, ou ciabatta sem casca, em fatias finas

Leve ao fogo baixo por 5 a 10 minutos as frutas vermelhas misturadas com o açúcar. Não precisa ficar mexendo. Cuidado para não cozinhar muito, não é para virar geléia, as frutas têm que ficar com os pedaços inteiros e um caldo adocicado. Em forminhas de alumínio de muffins, colocar 1 col (sobremesa) de frutas com clado e por cima fatias de pão. Apertar bem e repetir a operação até o topo das forminhas. Eu faço 3 camadas, sendo a última de pão. Jogar um pouco do caldo que sobrou na panela e apertar bem a forminha. Guardar o restante do caldo para jogar nos puddings na hora de servir. Levar à geladeira a forminhas com um peso ou uma tampa por cima até o dia seguinte. No dia seguinte, passar a faca nas laterais da forminha e desenformar. Servir com sorvete. Rende 8 porções.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Apresentando nosso novo colaborador: o Sommelier Chico Olivi

Um convidado especial chega ao Rosmarino e Prezzemolo neste final de ano. Chico Olivi, que terá uma coluna mensal no blog, vem acrescentar à nossa gastronomia seus conhecimentos de enologia, harmonização e outros temas relacionados ao vinho, bebida que é a parceira insuperável da boa comida.

 Chico Olivi é formado em Administração de Empresas, com ênfase em Hotelaria, pela FAAP/SP. É membro da Associação Brasileira de Sommeliers-SP desde 1999. Trabalhou no Empório Santa Maria/Expand Group e no Restaurante La Tambouille/Giancarlo Bolla, entre outros locais, na cidade de São Paulo. Entre 2008 e 2009, passou um ano e meio na Itália envolvido com os vinhos e a culinária do país de origem de sua família, onde aprimorou seus estudos na Apicius - Internacional Culinary and Culture School. Em Firenze, no coração da Toscana, especializou-se em enologia e vinhos italianos.

Na Itália, teve a oportunidade de visitar e trabalhar em vinícolas em todo o pais, tendo contato com a escolha do solo e microclima, cultivo, poda, colheita, formas de vinificação, engarrafamento do vinho até o consumidor final, envolvendo os custos de toda a produção, valores das garrafas, rotulagem, rolhas, cápsulas e a forma de marketing mais apropriada para a introdução do produto no mercado e a sua importação. Ainda na Itália trabalhou como Sommelier no Ganzo, um restaurante piloto da universidade, e em uma das mais importantes enotecas do centro de Firenze, Enoteca Alessi.


De volta ao Brasil, em São Paulo, Chico Olivi trabalha com Enogastronomia, através de apresentações e eventos de harmonização, aulas sobre vinhos e degustações.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Salada Fattoush (não é que fica igual?)

Por Luciana Betenson

Esta salada é uma das receitas antigas do meu livro de recortes. Não sei de onde a tirei, mas faz tempo que quero prepará-la. E, durante este ano, toda vez que  ia a São Paulo, me prometia comprar os temperos 'exóticos' que vão nela e depois voltava pra Ribeirão Preto sem ter tido tempo de fazer nada. Quem mora fora de SP e só vai de vez em quando sabe a correria que é, a cobrança da família e dos amigos, as dezenas de compromissos e o tempo exíguo para fazer tudo o que dá vontade! Imagine se é possível dizer pro povo que você vai para o Mercadão lá no centro, 'perder' uma manhã ou tarde inteira, por exemplo :-)

Enfim, no último feriado quase toda a família foi viajar e tirei um pouco a barriga da miséria: livraria Cultura, jantar em um restaurante novo (o Nou na Vila Madalena), Santa Luzia para umas comprinhas e deu até para encontrar a Flávia e dar uma passada no samba da praça Roosevelt (vocês não podem imaginar o que é para uma paulistana, de alma paulistana, andar pelo centro, descer a Consolação, passar na frente do Bellas Artes, passar pela Vila Madalena em pleno feriado de sol e ver aqueles mil barzinhos cheios de gente.... ô coisa boa).

Voltando ao assunto, a salada Fattoush ficou muuuito temperada quando fiz da primeira vez. Da segunda, regulei melhor os temperos, e esta é a receita que deu mais certo. E não é que fica igualzinha à salada daquela cadeia de restaurantes árabes de São Paulo?

Salada Fattoush



6 tomates sem sementes e cortados em cubos
3 pepinos japoneses cortados em cubos
½ cebola picadinha
7 rabanetes semi-descascados e cortados em rodelas
½ maço de folhas de alface rasgadas
½ maço de folhas de rúcula rasgadas
½ xíc (chá) de folhas de hortelã rasgadas
3 col (sopa) de salsinha picadinha
2 pães árabes cortados em quadrados e torrados

MOLHO

1 dente de alho socado com 1 col (chá) de sal
1 col (sopa) de summac
1 col (sobremesa) de zátar
1 col (sopa) de essência de romã
2 col (sopa) de suco de limão
azeite e sal a gosto

Misture todos os ingredientes da salada, MENOS o pão árabe. Reserve. Faça o molho: no pilão, soque o alho com o sal. Junte o summac, o zátar, a essência de romã e o suco de limão. Misture bem e reserve. Na hora de servir, misture o molho aos legumes cortados. Coloque em uma travessa de salada e salpique o pão sobre ela. Atenção, se colocar o pão antes, ele fica mole rapidamente e perde o efeito crocante da salada. O azeite e o sal são para colocar sobre a salada pronta, a seu gosto.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma mousse de chocolate errada que deu muito certo

Por Adriana Haddad


Eu sempre gostei de mousse de chocolate, mas eu tenho um pouco de preguiça da quantidade de creme de leite das receitas que encontrei pela vida... Quando fui morar em São Paulo, em 1983, experimentei a receita da tia Stella, que nasceu de um erro. Ela fez a receita tradicional e esqueceu de colocar o creme de leite; como estava atrasada, com convidados chegando, colocou a mousse no freezer em vez de colocar na geladeira e deu nisso... uma textura divina, de um semifreddo, quase de um sorvete, cremoso, realmente muito boa... Eu, muito metida, ainda adicionei nessa receita pistaches descascados e sem sal levemente torrados e passados no processador...

Mousse de chocolate da tia Stella



8 ovos
350g de chocolate meio amargo (usei da Garoto)
8 colheres (sopa) de açúcar
1 pitada de sal
3 colheres (sopa) de licor (usei de amêndoas)
200g de pistaches descascados e sem sal




Coloque em uma assadeira os pistaches e leve ao forno (préaquecido a180º) por aproximadamente 5 minutos. Espere esfriar e leve ao processador, sem reduzi-los a pó (quanto mais pedaçudo melhor). Coloque o chocolate para derreter em banho-maria. Bata as claras em neve com uma pitada de sal e reserve. Bata as gemas até ficarem bem branquinhas e adicione o açúcar; bata mais até formar uma mistura aerada. Adicione o licor e diminua a velocidade, acrescente o chocolate derretido. Pare de bater e adicione 150g de pistaches e as claras em neve delicadamente, formando uma mistura homogênea. Coloque em uma tigela, coloque o restante dos pistaches sobre a mousse e leve ao freezer por no mínimo 3 horas.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Uma salada de pepinos que virou sopa

Por Luciana Betenson

Quem lembra da história do engenheiro que virou suco? Pois esta é uma salada que virou sopa. Explico. Faço muito em casa aquela clássica salada de pepinos fatiados com molho de iogurte e hortelã. Super fresquinha, uma delícia mesmo. Mas estou na fase das sopas frias e procurei muito uma sopa de pepinos que me agradasse. No fim, juntando algumas receitas, cheguei nesta. Qual minha surpresa em perceber que ela é simplesmente a minha salada, que virou sopa!

Sopa fria de pepinos



½ kg de pepinos descascados e cortados em quatro
1 pote de iogurte natural (200g)
1 dente de alho
1 col (sopa) de azeite
1 col (sopa) de suco de limão
1 col (chá) rasa de sal
3 col (sopa) de hortelã + hortelã para enfeitar

Esta sopa fica beeem temperada... Assim, se você não gosta tão temperada, use meio dente de alho, 1 col (chá) de suco de limão e só duas col (sopa) de hortelã. Bata o pepino no liquidificador, junte os demais ingredientes na ordem da receita e bata mais um pouco. Leve à geladeira até a hora de servir. Enfeite com o hortelã e sirva gelada. Quanto mais tempo ela fica na geladeira, mais se acentuam os sabores, portanto cuidado com o tempero mesmo. Rende duas porções bem servidas.

É super hiper refrescante para servir no jantar nestes dias de calor!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Uma amiga do coração e cookies de cranberries

Por Adriana Haddad



Eu finalmente consegui comprar minha batedeira nova (AQUELA super batedeira). A Gi, minha amiga do coração, trouxe a batedeira encomendada na MALA! Parece mentira, mas existem pessoas que fazem esse tipo de caridade ;-) E, além de me trazer a batedeira, me deu de presente um saco de cranberries desidratadas, um saco de pinoli, um avental maravilhoso e várias forminhas de cupcakes... Espero que ninguém fique chocado em saber que alguém sinta prazer em ganhar essas coisas! Aí veio a segunda etapa. Precisava de uma receita super mega hiper maravilhosa com cranberries. Recorri à minha guru Flavia, que me mandou a receita desses cookies deliciosos, que além de tudo contém os oxidantes presentes nas cranberries. Confiram!



Cookies de Cranberries

1 copo de farinha
1 e ½ copo de cranberries secas
2 col (sopa) de açúcar
1 col (sopa) de fermento
1 col (sopa) de essência de baunilha
¼ col (chá) de sal
6 col (sopa) de manteiga sem sal cortada em cubinhos
3 col (sopa) de leite
½ copo de açúcar cristal para a cobertura


Coloque as cranberries e a farinha no processador (ou liquidificador) para que as cranberries se reduzam a ¼ do tamanho original. Pré aqueça o forno a 180º. Unte levemente duas formas forradas com papel manteiga e junte as cranberries misturadas com a farinha ao açúcar, ao fermento e ao sal. Junte a manteiga, a baunilha e o leite e misture bem com as mãos, pois a massa é grudenta. Coloque ½ copo de açúcar cristal em um pote de plástico com tampa. Faça bolinhas com a massa, de aproximadamente 3 cm de diâmetro, e vá jogando dentro do pote e chacoalhando até que toda as bolinhas fiquem açucaradas. Vá colocando de 6 em 6 bolinhas. Coloque as bolinhas sobre o papel manteiga untado com uma distância de uns 8 cm entre elas e achate-as com o fundo de um copo. Rende 45 biscoitos. Leve ao forno por 16 minutos ou até que as bordas comecem a dourar. Retire-as do forno e espere que esfriem. Bom apetite!!!



terça-feira, 24 de novembro de 2009

Bolo de frutas frescas, simplesmente uma delícia!

Por Luciana Betenson

Mais uma receita da Flavinha, de um dos blogs que eu mais curto, o Simplesmente Delícia. Como acontece muitas vezes conosco foodbloggers, primeiro me apaixonei pela foto deste bolo e depois pelo sabor, pela frescura das frutas, pela textura... É um bolo como eu gosto, não muito doce, com pedações de fruta aparecendo a cada mordida. Já fiz este bolo três vezes, e a melhor combinação para mim foi das frutas vermelhas – morangos, amoras e blueberries. Mas ficou bem gostoso com pêssegos e morangos também. Já fiz com mais  fruta e com menos fruta; com raspas e sem raspas de limão e preferi sem. E achei que fica ainda melhor se for polvilhado com açúcar de baunilha (o meu açúcar tem raspas de baunilha pelo meio, deu um gostinho super especial). É viciante! E lindo demais.

A primeira versão, com menos fruta e pêssegos e morangos:




A segunda versão com frutas vermelhas e com maior quantidade de frutas:


Bolo de frutas frescas

50 gramas de manteiga sem sal, à temperatura ambiente
raspas de 1 limão (cuidado para não retirara a parte branca)
1 copo de farinha
2 ovos
¾ copo de açúcar + 1 colher de sopa
1 colher (sobremesa) de essência de baunilha
1 pitada de sal
1 ½ colher (sobremesa) de bicarbonato de sódio
2 ou 3 copos de frutas frescas (usei nesta versão morangos, amoras e blueberries)

Obs. A medida do copo é o ‘copo de requeijão’, de 250 ml.

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte com manteiga e polvilhe de farinha uma forma redonda de 20 cm. Na batedeira, bata a manteiga e ¾ copo de açúcar. Adicione as raspas de limão e a baunilha e bata mais um pouco. Adicione os ovos, um por um. Numa outra vasilha, misture a farinha, o sal e o bicarbonato de sódio. Adicione ao creme de manteiga e misture só até a massa estar homogênea. Entorne a massa na forma preparada e ponha as frutas por cima. Polvilhe com a colher de açúcar. Leve ao forno por 30-35 minutos, ou até a massa estar dourada.



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Espuma de coco com calda de manga para este calor


Por Adriana Haddad

Tenho a impressão de que estamos vivendo o fim do mundo. O calor que sinto ultimamente me desenergiza de um modo que me vem um mal-estar fortíssimo. Então, com minhas crendices particulares, recorro sempre a alimentos que nos levam para cima, como esse que é refrescante, tem ingredientes frescos e muito tropicais. Ainda tem o gengibre, que para mim além de saboroso é um santo remédio, serve para tudo, inclusive para botar qualquer um para cima... É uma receita simples, pouco doce, como quase todas as minhas, e deliciosa!

Espuma de coco com calda de manga

3 xíc (chá) de coco seco ralado
250 ml de leite de coco
1 ½ xíc (chá) de creme de leite fresco
1 xic (chá) de açúcar
2 col (sopa) de açúcar
4 claras

Bata as claras em neve e reserve. Numa panela, coloque o coco e o leite de coco e uma xícara de açúcar. Leve ao fogo médio, mexa bem e deixe cozinhar até obter um creme grosso. Transfira para uma tigela, misture bem e deixe esfriar. Na tigela da batedeira, coloque o creme de leite fresco gelado e 2 colheres de açúcar. Bata à velocidade média até o ponto chantilly, misture esse chantilly ao creme de coco, misture delicadamente as claras em neve ao creme de coco fazendo movimentos circulares de baixo para cima com a colher, para incorporar as claras sem perder o volume.

Calda de manga e gengibre

1 manga e um pedaço de 3 cm de gengibre

Descasque e corte a manga em pedaços e bata no liquidificador com o gengibre ralado na parte grossa do ralador e reserve. Em copos de vidro coloque 2 colheres do creme de manga e complete com a espuma do coco.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Salmorejo, divina sopa fria catalã

Por Luciana Betenson

Eu amo, adoro, idolatro sopas frias. Só que aqui em casa ninguém curte sopa, seja fria ou quente, e é uma batalha para convencê-los a experimentar uma receita nova. Então, esqueço de fazê-las (acabo me contentando em ver as sopas frias da Fer, que faz umas óóóótimas).

Mas outro dia meu apetite pelas sopas frias voltou à toda, depois do jantar de degustação de vinhos da nossa Turma do Vinho na casa do Jacques e da Ariane. A combinação da origem francesa do Jacques com a origem catalã da Ariane resultou em um jantar maravilhoso, onde as estrelas foram a sopa fria de entrada e o coq-au-vin de prato principal (a degustação propriamente dita é feita antes do jantar, só com pãozinho).

Fiquei meio passada, pois acho que entendo um pouco (não muito tá gente?) dos sabores da culinária e nunca, nunca, tinha ouvido falar nesta sopa.... não era gazpacho, não era vichysoisse... era OUTRA sopa fria de berço catalão até bem conhecida por lá, o salmorejo. Me apaixonei por esta sopa fresquinha, acompanhada da “sustância” do ovo cozido ralado e da “crocância” do presunto pata negra em pedacinhos sobre ela.

Fui às pesquisas e coincidentemente achei uma receita muito legal de salmorejo no blog da Fer mesmo :-) Me inspirei nela. Fui ao sex shop em SP (Santa Luiza, já expliquei aqui!) especialmente para comprar o vinagre de jerez e um micropedaço do pata negra (os olhos da cara, socorro...). A sopa ficou ótima, muito parecida com a original que comemos na casa dos amigos. É uma delícia para este calorzão do Verão!

Salmorejo




1, 5 kg de tomates bem maduros
3 dentes de alho
1/3 xíc (chá) de azeite extravirgem
1/4 xíc (chá) de vinagre de jerez
1 col (chá) rasa de sal
250 gr de pão au levain (ou pão italiano, ou outro do tipo)

Colocar o pão de molho na água por uns 10 minutos. Bater os tomates e o alho no liquidificador e passar por uma peneira. Levar de volta ao liquidificador e acrescentar o pão, o azeite, o vinagre e o sal; bater até chegar na consistência desejada. Servir com ovos cozidos picadinhos ou ralados e presunto cru em cubinhos. Rende de 8 a 10 porções.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mousse de goiabas vermelhas

Por Adriana Haddad

Nos anos 90 eu aprendi a fazer essa mousse de goiaba com a tia Carmo, a mesma que me ensinou o bolo “diet”, e me entreguei a ela... Fiz inúmeras vezes e, para falar a verdade, peguei um bode que só me passou há pouquíssimo tempo, quando comecei a valorizar muito mais essa fruta refrescante, linda e lotada de vitamina C. Eu amo goiabada em todas as versões: pasta, cascão, dura... mas essa receita é light e saborosíssima! Fiz no meu aniversário e, com esse calor, nada mais convidativo...



Mousse de goiabas vermelhas


½ kg de goiabas vermelhas (mais ou menos 6 goiabas médias)
1 copo de açúcar + 2 col (sopa) de açúcar
2 envelopes de gelatina sem sabor
1 copo de água
1 colher de sopa bem cheia de raspas de limão
1 e ½ copo de iogurte natural


Descasque as goiabas e, com uma colher, retire a polpa (sementes) e reserve. Leve a água ao fogo para esquentar e hidrate a gelatina. Bata as goiabas (sem cascas e sem sementes) no liquidificador com o iogurte, o copo de açúcar, a gelatina hidratada e as raspas de limão. Coloque em uma vasilha e leve a geladeira por no mínimo 6 horas. Para fazer a calda, passe a polpa separada em uma peneira, junte as 2 colheres de açúcar e leve ao fogo até ferver, deixe por 1 minuto e desligue. Leve à geladeira. Quando esfriar, coloque a calda sobre a mousse e sirva geladinha :o)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Muffins salgados de cenoura feitos com papinha de bebê

Por Luciana Betenson

Mais uma contribuição super interessante da Stephanie!

Lu, então aqui vai a receita dos muffins de cenoura! Como havia comentado, aqui na região em que moro as pessoas amam comer salgado e doce ao mesmo tempo, aliás, acho que é um costume bem americano e europeu. Enfim, já vi servirem esses muffins como acompanhamento de carne... mas os meus filhos preferem comer de lanche mesmo! Ah, esses muffins são feitos com papinha de bebê de cenoura! É muito fácil e a textura é bem lisinha, bem ao gosto infantil.


Eu normalmente uso uma forma de muffins normal com forminhas de papel ou de alumínio... mas já faz um tempo que comprei essa forma diferente para muffins, em formato de rosas! E você viu como ficam bonitos os muffins! A marca da forma é Nordic Ware, as formas dessa marca são magníficas...entre no site deles e você verá coisas super interessantes... eu tenho algumas e realmente são o máximo!

Então agora vamos à receita.



Muffins salgados de cenoura

1 xíc (chá) de açúcar
1 xíc (chá) de farinha
¾ xíc (chá) de óleo
325 g (aproximadamente, pois o potinho americano term 12 ounces) de papinha de cenoura pra bebês
1 (col) chá de bicarbonato de sódio
1 col (chá) de canela em pó
2 ovos grandes

Aqueça o forno a 180º C. Bata na batedeira o açúcar, a farinha e o óleo. Junte os potinhos de papinha de cenoura. Adicione o bicarbonato de sódio, a canela e os ovos. Bata tudo por mais uns três minutos até que a mistura fique cremosa. Coloque a massa nas forminhas de muffins até quase encher cada forminha. Se não estiver usando forminhas de papel, unte-as primeiro. Asse por 30 minutos ou até que o palito saia limpo. Retire-os do forno e deixe-os esfriar um pouco. A receita deve render de 12 a 14 muffins.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Horiatiki Salata, salada grega do campo

Por Luciana Betenson


Na viagem a Nova York, fomos jantar em um restaurante grego bem gostoso, o Molyvos. Já falei dele neste post. Lá comemos uma salada deliciosa na sua simplicidade de ingredientes de qualidade e pouquíssimos temperos. Tentei reproduzi-la em casa e acho que fui bem feliz, modéstia à parte ;-) Fiz para acompanhar um churrasco e não sobrou um pedacinho de tomate ou pepino para contar história. Quem provou, sabe!

O segredo é mesmo usar ingredientes de boa qualidade. Usei uns tomates-cereja bem vermelhinhos e doces, nada ácidos; um bom queijo feta, azeitonas pretas kalamata gregas e um bom azeite extra-virgem. A receita segue, é a minha versão da salada típica grega country-style, chamada Horiatiki Salata.

Horiatiki Salata

2 pepinos
2 copos de tomates-cereja
200 g de queijo feta
2 col (sopa) de cebola em fatias bem finas
½ copo de azeitonas pretas sem caroço cortadas em quatro
azeite extra-virgem
sal (se achar necessário, não pus)

Fatiar as cebolas e passá-las na água fervente ou deixá-las de molho em água com gelo por alguns minutos (para tirar a acidez). Cortar os pepinos em palitos. Fatiar os tomates ao meio. Cortar o queijo feta em cubos. Juntar todos os ingredientes, com cuidado para não desmanchar muito o queijo, e temperar com azeite e sal (não achei necessário por sal, o queijo já é bem salgado).

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A experiência gastronômico-sensorial no Moto de Chicago

Por Luciana Betenson

Jantar no Moto de Chicago foi uma experiência tão incrível que merece um post exclusivo para ela.

Primeiro, o lugar. É minimalista total! Paredes escuras, em tons de verde e marrom, sem quadros, apenas dois arranjos de galhos secos enfeitam o ambiente. Móveis de linhas limpas e retas. Nas mesas, só um guardanapo e um copo marcam os lugares. Penumbra. A mensagem que passa é: “você está aqui para prestar atenção à comida e só”!



O restaurante é a cara do seu chef executivo, Homaro Cantu, que aos 29 anos é um dos mais aclamados chefs dos EUA, um verdadeiro cientista da comida que vê sua cozinha como laboratório. Ele utiliza equipamentos e técnicas modernas da chamada cozinha molecular (como esferificação, câmara de dióxido de carbono, etc.) e até uma impressora 'jato de tinta' (que ele inventou!) que usa sucos e caldos no lugar da tinta e imprime em papel comestível. Ele já criou, por exemplo, um biscoito da fortuna no qual você come o biscoito e também o papel com sua sorte que vem dentro dele.

Funciona assim: você reserva e escolhe se quer o menu composto por 10 ou 20 pratos. Escolhemos o de 10 pratos, que leva cerca de duas horas e meia para ser degustado. É bastante coisa, as porções têm um tamanho muito bom para você sair satisfeito e feliz. (E olha que eu como bem!)

Primeiro recebemos o menu, impresso em uma folha finíssima de garlic bread. Sim, para ler e comer. Couvert :-) Em seguida os pratos vão chegando. Surpresas para os olhos, são explicados em detalhes por uma equipe na qual cada chef é um garçom e vice-versa, já que se alternam na função da preparação dos pratos e no serviço das mesas. Você vê claramente que estão orgulhosíssimos de fazer parte daquilo.

São o camadas de textura, sabor e imaginação em cada mordida. É nesta hora que entendemos porque o Moto faz tanto sucesso. O segredo é que o chef Homaro Cantu, entre todas suas experiências, não perde de vista o que nos traz de fato à mesa – uma comida deliciosa. Nas suas palavras, “fazer uma comida gostosa é prioridade, mais importante do que experimentos científicos”.

E era tudo super gostoso mesmo!! (Que coisa, acho que eu tinha um pouco de preconceito desta cozinha ‘molecular, esférica e espumosa’...)

Observação necessária #1: não gosto normalmente de usar flash, assim a falta de luz comprometeu as fotos, tive que fazer ajustes (algumas parecem de criptonita, desculpem, culpa do Picasa).

Observação necessária #2: simplesmente não lembrei de anotar as descrições dos pratos, ‘tim-tim por tim-tim’ – assim, se alguém perceber que errei na descrição, ou se souber acrescentar algo às descrições, por favor o faça!

O MENU



(um dos pratos, o House-made pequin capon não estava disponível e foi trocado por outro, ver abaixo)

1. DENVER OMELET and muffin

Um café da manhã típico americano. (Obs. o Denver omelet é muito encontrado nos cardápios do meio-Oeste americano, normalmente acompanhado por hashbrowns, espécie de ‘cubos’ fritos de purê de batatas). O nosso Denver Omelet era feito de cenoura. Acompanhava um hashbrown e um muffin que agora não me lembro o sabor, infelizmente, mas era bããão!



2. INSTANT risotto

Um filé de peixe delicioso acompanhado de cereais crocantes de arroz que explodiam na boca.



3. GRUYERE and onions

Uma sopa de cebola caramelada acompanhada de  uma torrada feita de gruyere.



4. SEARED buffalo hot wings

A ordem era comer primeiro o papel, com desenho de um prato de Buffalo wings. (Obs. Buffalo wings é uma espécie de frango a passarinho americano, frito e bem apimentado, que dizem ter sido criado na cidade de Buffalo em NY). O papel era beeem apimentado! Em seguida, comíamos uma carne de pato desfiada com fatias de peito de peru por cima.



5. CUBAN cigar

Um charuto de folha de uva com lacre e tudo, recheado de carne de porco, vinha em um cinzeiro verdadeiro e as cinzas eram de orégano!



6. REUBEN lasagna

Uma lasanha que recriava o conhecido sanduíche Reuben (aquele de pastrami, que inspirou o sanduíche de mortadela do Mercadão).



7. MEXICAN cannoli

Super interessante, realmente enganava, os olhos viam um cannoli doce, mas era de fato uma tortilla, recheada de carne e coberta com chantilly de queijo e mole poblano, molho escuro típico mexicano feito com sementes de cacau (resolvi finalmente acionar o flash...)



8. HAPPY face

Mousse de maracujá com chocolate, calda de frutas vermelhas e umas nuts moídas.




9. CORN cake

Um bolinho de milho bem saboroso, não me lembro o sabor da espuma, da geléia e das nuts...



10. MILK CHOCOLATE forms

Era um combinado de três sobremesas, muito legal. O primeiro era um mini-cheeseburger feito de macarons no lugar do pão, hamburger de chocolate, queijo de banana, ketchup de geléia e alface... de verdade. O segundo era algo relacionado a uma mousse de chocolate (não lembro bem) e o terceiro um ACME S’mores. (Obs. este exige uma explicação: s’more é o doce servido nos EUA e no Canadá nos acampamentos ou encontros em volta da fogueira. É um marshmallow derretido no fogo que é então colocado entre duas bolachas Graham crackers barradas de chocolate. ACME vocês lembram, são aqueles produtos que apareciam nos desenhos animados do Looney Tunes). Ou seja, nosso ACME s’more era uma bomba (igual de desenho animado do Pernalonga e do Pica-pau mesmo) feita de chocolate, com recheio de bolacha líquida e pavio de marshmallow, que o garçom acendia assim que a bomba chega à mesa. Uma delícia para encerrar a noite!! As duas últimas fotos abaixo não são minhas, são emprestadas daqui e daqui.







Se alguém se interessar em saber mais, esta é uma apresentação do Moto narrada pelo próprio Homaro Cantu no You Tube.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Bolo de abóbora com coco para um Halloween tropical

Por Luciana Betenson



Esta receita é da minha mãe!! :-) É feita na casa dela há muitos anos já, tem gente do grupo de Amigos do Rosmarino e Prezzemolo que certamente já a experimentou. Não sei dizer, e acho que nem ela sabe, de onde surgiu a receita. Mas que é uma delícia e faz sucesso, isto faz.

Achei a escolha perfeita para comemorar nosso Halloween tropical, já que neste bolo vai a abóbora tão típica dos doces da época da Festa das Bruxas, mas com o toque brasileiríssimo do coco.

É um bolo denso, bem molhadinho, quase uma torta mesmo, pois é feito com o doce de abóbora com coco caseiro. Uma parte do doce é separada para fazer a cobertura e o restante vai na mistura do bolo. Fiz apenas duas modificações na receita original: primeiro, preparei o doce de abóbora com coco na panela de pressão, como me ensinou a Dri, minha sócia de blog. Facilita muito! Segundo, pus menos queijo parmesão ralado, pois não gosto de doces onde ele aparece de forma acentuada. Mas fica ao critério de cada um.

Bolo de abóbora com coco



1 kg de abóbora para doce descascada e cortada em cubos
1 coco fresco ralado
½ kg de açúcar
10 cravos
1 pau de canela
1 col (sopa) rasa de manteiga
50 g de queijo parmesão ralado (coloquei duas colheres de sopa rasas)
6 colheres (sopa) cheias de farinha de trigo
1 col (sopa) rasa de fermento em pó
5 ovos
1 xíc (café) de leite
1 xíc (café) de açúcar

Primeiro, fazer o doce de abóbora com coco: levar à panela de pressão a abóbora, o coco ralado, o ½ kg de açúcar, o cravo e a canela. Tampar e levar ao fogo baixo. Contar 15 minutos depois que começar a ferver e então desligar. A minha panela de pressão é ultra-mega-blaster, portanto muito rápida, na panela da Adriana leva 25 minutos depois de ferver. Quando o doce esfriar, tirar a canela e os cravos e bater o doce no liquidificador. Separar uma xícara de chá deste doce para a cobertura do bolo. Claro que se você acha uma 'heresia' a panela de pressão, pode preparar o doce de abóbora à sua maneira, 'no braço e no tacho de cobre' mesmo :-)

Aquecer o forno a 180 ºC. Fazer a massa: bater na batedeira os ovos e quando estiverem branquinhos juntar a manteiga, o queijo parmesão ralado, a farinha de trigo e o fermento. Parar de bater e misturar o doce de abóbora à massa. Untar e enfarinhar uma forma redonda de 25 cm e colocar nela a massa. Levar ao forno por 30 a 40 minutos. Esperar esfriar e desenformar. Enquanto o bolo esfria, fazer a cobertura: levar ao fogo o doce de abóbora e coco separado com o leite e o restante do açúcar. Mexer até engrossar. Colocar sobre o bolo.

É tão bããão este bolo gente.... :-p



terça-feira, 27 de outubro de 2009

O bobó de camarão da Carla

A Carla Correa da Silva é uma das leitoras que mais faz as nossas receitas! Porém, desta vez, ela nos manda uma receita dela que é deliciosa e fácil de fazer.

"Lu, esta receita eu achei em um folheto de propaganda da coleção Cozinha Regional Brasileira, que veio em uma revista feminina. Acordei no sábado passado às sete da manhã e pus mãos à obra! Afinal, precisava caprichar no almoço em que estava (quase) toda a família reunida. Deu tempo de fazer a receita e ainda sair para bater perna com a filha e tomar café com as amigas, pois a receita é fácil de fazer. E ficou delicioso!! Dá para seis pessoas comerem numa boa. Façam que é ótimo!"

Bobó de Camarão




Creme de Aipim:

½ kg de cebolas picadas
½ kg de tomates maduros firmes e picados
1 pimentão verde picado
2 colheres (sopa) de coentro picado
½ kg de aipim descascado, cozido e passado no processador (até virar um creme - eu coloquei um pouco de água pois estava difícil de bater)
1 xícara (chá) de azeite de oliva
500 ml de leite de coco

Misture em uma panela a cebola, o tomate, o pimentão, o coentro e o creme de aipim. Leve ao fogo alto e adicione o azeite e o leite de coco, mexendo sempre para não grudar no fundo da panela. Cozinhe por 10 minutos, sem parar de mexer.

Ensopado de Camarão:

2 kg de camarão grande
1 dente de alho picado
½ colher (sopa) de sal
1 colher (sopa) de coentro picado
2 tomates maduros e picados
2 cebolas médias picadas
½ pimentão verde picado
1/3 xícara (chá) de azeite de oliva
500 ml de leite de coco
1 colher (sopa) de azeite de dendê
pimenta a gosto

Em uma panela funda, coloque os camarões, o alho, o sal, o coentro, os tomates, as cebolas, o pimentão e o azeite de oliva e leve ao fogo. Adicione o leite de coco aos poucos. Deixe cozinhando em fogo alto por 5 minutos e sem parar de mexer.

Junte o creme de aipim e deixe cozinhar por mais 5 minutos, misturando bem. Antes de desligar o fogo, acrescente o azeite de dendê e mexa. Sirva bem quente com arroz branco.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Food Tasting and Cultural Tour do Chicago Food Planet

Por Luciana Betenson

Toda vez que viajamos fazemos a lição de casa antes. Primeiro, pedindo dicas aos amigos descolados, depois passando pelos blogs de viagem mais legais, entre eles este e este. E fazemos sempre a pesquisa obrigatória no Trip Advisor, para nós o melhor site de viagens que existe. Pois nos chamou a atenção o fato do Food Tasting and Cultural Walking Tour do Chicago Food Planet estar entre as cinco melhores atrações da cidade pelo TripAdvisor. Resolvido. Tivemos muita sorte de pegar um dia lindo, ensolarado.

Como funciona? São dois trajetos, sendo que fizemos o Near North, que circula pelo Old Town de Chicago. O grupo, que pode ter no máximo 12 pessoas (o nosso tinha só quatro), encontra-se com o guia (no caso a Ariela, super simpática e com ótimo conhecimento dos arredores) no primeiro lugar a ser visitado. Daí, vamos a pé pelo bairro do Old Town, escutando pelo caminho curiosidades a respeito da arquitetura e da cultura local, além de visitarmos sete lugares ligados à comida. Andamos bem, são cerca de 3 quilômetros durante 3 horas de passeio. É tudo muito organizado. Logo no início recebemos o mapa do trajeto, explicações de como voltar ao ponto inicial, endereço completo de todos os locais a ser visitados e cupons de desconto para voltar depois, já que durante o tour não é permitido fazer compras. Em cada ponto de parada, há uma pequena explicação sobre o lugar.

Queria compartilhar com vocês este passeio tão legal. A seguir, fotos e explicações para que também possam viajar conosco em um Food Tasting and Cultural Tour virtual!

Food Tasting and Cultural Tour do Chicago Food Planet

1. Ashkenaz Deli

Encontramos o grupo nesta pequena e bem típica delicatessen judaica, onde experimentamos o Reuben, sanduíche criado no início do século e que depois virou um clássico nos EUA. Com pequenas variações, é feito com pão integral, pastrami ou corned beef (espécies de embutidos feitos com carne de boi curada), queijo suíço, chucrute e molho Russian (uma maionese bem temperada com cebola picada, alcaparras, raiz forte, ketchup, páprica, ervas, etc). Delicioso...


Este sanduíche, que normalmente vem com quase 10 cm de pastrami no pão integral, deve ser o precursor daquele famoso sanduíche de mortadela do Mercadão em São Paulo... A foto do Reuben que eu comi não ficou legal, então pedi esta emprestada daqui para vocês terem uma ideia como ele é.



Sim, a loja é diferente mas é a mesma marca da que tem em São Paulo, capital. Foi bem legal aprender mais sobre a bebida mais consumida no mundo e entender as diferenças entre chá branco, verde, preto, etc. Também aprendemos a fazer chá da forma correta, sem deixar a água ferver e sem deixá-la horas na infusão com a planta. E experimentamos um chá gelado divino, Cranberry Mango Green Tea. Comprei mais tarde neste lugar o melhor chá que eu já bebi na vida, o africano Rooibush, aromatizado com Cream Caramel, não tem nada igual. E não tem cafeína, sendo ótimo para tomar à noite. Se puderem, experimentem!



Isto é Old Town Chicago... ruas limpas, largas e arborizadas.





3. The Spice House


A ME-LHOR parte do passeio para mim! Da esquina dava para sentir aquele cheiro divino de mistura de especiarias. Dentro, uma loja antiga, com cara de entreposto, cheia de sacos, caixas, potes, potinhos e cheiros deliciosos por todos os lados. No próprio porão da loja eles ralam, secam, preparam misturas, pesam e embalam. Também teve uma mini aula sobre pimentas e canelas. Difícil resistir aqui! Eu queria comprar tuuudo. Quem quiser babar, dá uma olhada no catálogo deles – só de sal e mixes de sal tem 24 tipos diferentes (eu devia ter deixado para comprar a flor de sal aqui, mas já tinha comprado em NY, voilà...)





A segunda melhor parada do passeio. Uma loja só de azeites e balsâmicos, de todas as idades, acidez, aromatizados ou não :-) Eles têm mini copinhos para degustação e indicam na hora incríveis misturas entre os dois, como por exemplo aceto aromatizado com cranberry e azeite aromatizado com manjericão – juro, gente, é bom ;-) É bem legal também degustar e comparar acetos de vários graus de envelhecimento.



Esta placa estava lá na parede do Old Town Oil.



5. The Fudge Pot

Fábrica artesanal de chocolate que, como a maioria dos estabelecimentos do Food Tour, é antiga e familiar. Os fundadores eram ex-funcionários chocolateiros da fábrica de chocolates Hershey’s, na parede da loja tem fotos e a história deles.





E vamos andar mais um pouquinho, ver mais da arquitetura deste bairro antigo da cidade...







Esta é a loja do Chef Chocolatier Jay Shindler, que é um dos mais badalados caterers da cidade. Seu serviço de buffet atende hoje o Presidente Obama quando está em Chicago, além de outras personalidades. Dentro do tour, foi o lugar mais sem-graça, enfim... Provamos queijos e um hummus que estava gostosinho, só.


Atenção, paulistas e paulistanos... A pizza Chicago-style, chamada por uns de stuffed pizza e por outros de deep-dish pizza (há os que acham que diferem ligeiramente uma da outra) não é uma pizza propriamente dita, mas uma torta-pizza. Nesta pizza inventada em Chicago no restaurante Uno e da qual eles têm o maior orgulho, a massa é colocada no fundo e nas laterais de uma forma redonda de pelo menos 3 cm de altura, bem untada com azeite, e sobre a massa vão queijos, carnes, vegetais etc. Por cima, um molho normalmente feito com tomates crus. O interessante desta pizza da Bacino’s, onde terminou nosso Food Tour, é que é feita com mussarela light e molho de tomates praticamente sem gordura. Assim, ela é saborosa mas não tão calórica. Foi um ótimo encerramento. :-)