sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Salada de orzo com kani e petit pois e patê de fígado

Por Adriana Haddad

Modéstia à parte, muita gente babou na nossa Ceia de Natal publicada na semana passada.... ;)

Mas entre as receitas algumas pessoas me pediram as receitas do patê de fígado e da saladinha no copinho. E perguntaram sobre o “orzo”. Trata-se de uma massa, macarrão mesmo, em formato de grão de arroz! A primeira vista parece arroz, mas é feito de semolina de grano duro mesmo.

Salada de orzo com kani e petit pois



molho
¼ xíc (chá) de caldo de limão
¼ xíc (chá) de óleo de milho ou girassol
½ xíc (chá) de cebolinha cortada em rodelinhas
1 col (sopa) de açúcar
1 col (sopa) de sal
½ col (sopa) de orégano

Em uma bacia grande junte todos os ingredientes e mexa bem com ajuda de um fouet.

salada
250g de orzo (massa com formato de arroz)
1 xíc (chá) de tomates sem sementes cortados em cubinhos
100g de petit pois (ervilhas) escaldados
250g de kani cortado enviesado

Misture os legumes e o kani ao molho.

Em uma panela, coloque a massa para cozinhar em água fervendo até que fique quase “al dente”. Escorra a massa, deixe esfriar um pouco e junte ao molho e aos legumes com kani. Deixe resfriar na geladeira em um vasilhame tampado por 30 minutos antes de servir.


Patê de fígado de galinha



2 cebolas picadas
2 col (sopa) de manteiga
350 g de fígado de galinha
1 xic (café) de conhaque
1 caixinha de creme de leite
1 col (sopa) de molho inglês
½ col (chá) de noz moscada
1 col (sopa) de salsinha picada
1 raminho de alecrim

Refogar em fogo baixo o fígado com a manteiga e a cebola, o sal e a pimenta e deixar esfriar. Bater no liquidificador o fígado refogado frio, o creme de leite, o conhaque, a salsinha, o alecrim, a pitada de noz moscada (ralada na hora) e o molho inglês. Colocar esta mistura numa forma de bolo inglês forrada com papel manteiga e levar ao forno em banho-maria por aproximadamente 50 minutos. Deixar esfriar e levar a geladeira por no mínimo 2 horas e desenformar.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A Ceia de Natal do Rosmarino e Prezzemolo e um Feliz Natal a todos!

Por Luciana Betenson

Depois de um ano de aulas de culinária deliciosas, merecíamos uma Ceia de Natal à altura! Assim, na semana passada, comemoramos o Natal na casa da Soninha e do Marcinho em Araraquara com uma ceia deliciosa idealizada e preparada pela Adriana, nossa super professora, com os palpites de todas alunas.

Nosso menu foi o seguinte.

De entrada, uma mesa de frios com muitas comidinhas gostosas:


· endívias recheadas com cuscuz marroquino;

· creme de queijos com grissini na colher;















· terrine de berinjela com tomate seco e azeitonas pretas;















· patê de fígado;















gaspacho no copinho;















· homus, patê de beterraba e patê de queijo;















· saladinha de orzo com brócolis e kani;















· e pães e torradinhas para acompanhar.


Como prato quente, um nhoque de ricota e espinafre com molho bechamel.
















De sobremesa, mais delícias:

· mousse de coco fresco com coulis de manga com gengibre;
















· semifreddo de amêndoas e figos;















· torta de nozes e damascos;















· frutas!

















Para beber, além dos básicos de toda festa, a Dri fez vodka jello shots... e dá-lhe shots!! :)

Soninha e Dri nos shots....















O Rosmarino e Prezzemolo deseja a todos vocês que nos acompanharam e nos deram seu carinho durante este ano um Feliz Natal e um excelente 2009!!!



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Amigo-secreto com receita vintage: salmão no abacaxi

Por Adriana Haddad

Nesta última semana fizemos na turma da aula de culinária nosso tão esperado amigo-secreto ladrão, que aprendemos com a Lu em 2001 e aderimos de corpo e alma. Para acompanhar o amigo-ladrão pensei em um menu meio festivo, meio Verão, meio alegre, meio colorido e, entre outras coisas, fizemos esse arroz com salmão. Este prato é uma releitura de um que fiz no meu aniversário. Porém, neste acrescentei abacaxi e uvas passas... retiramos a polpa dos abacaxis para servir o arroz dentro... ficou super "vintage" anos 70, adorei!!!

É uma delícia de idéia para o Reveillon!

Arroz com salmão no abacaxi

2 xíc (chá) de arroz - 1 col (café) de gengibre fresco picadinho - 1 col (café) de canela em pó - 1 cebola - 1 col (café) de coentro em grão - 1 dente de alho - 6 tomates – 40 g de uvas passas – 300 g de salmão - 2 col (sopa) de suco de limão - 2 col (sopa) de ghee (manteiga clarificada, encontrada em casas de ingredientes naturais ou indianos) - 2 abacaxis

Cortar os abacaxis em duas partes e retirar a polpa com cuidado para não estragar as cascas, porque essas servirão de “travessa” para servir. Cortar as polpas em cubinhos e reservar. Colocar em uma panela todos os temperos (cebola cortada finamente, gengibre, coentro, canela, alho espremido) com a ghee e refogar por um minuto. Acrescentar o arroz e refogar por mais uns 5 minutos, acrescentar os tomates cortados em cubos, cobrir com água fervendo e deixar cozinhar por uns 10 minutos ou até que esteja macio. Por último acrescentar as uvas passas e os cubinhos de abacaxi. Em uma frigideira, colocar o salmão cortado em cubos e temperado com suco de limão, colocar sal a gosto e refogá-lo por 3 a 4 minutos. Adicionar ao arroz e distribuir dentro das cascas dos abacaxis e servir em seguida. :)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Nhoque de ricota e espinafre

Por Luciana Betenson



Depois de vários desafios, com pratos legais mas que não fazem parte do trivial, voltamos à "vaca fria"....

Este é mais um prato leve, portanto bom para comer à noite, mais um “coringa” aqui em casa no jantar. Além de ser uma boa variação do arroz com feijão do almoço, o prato é bastante saudável, não é muito calórico e fica muuuuito gostoso... especialmente se for acompanhado de um molhinho de tomate caseiro.

Também uma boa alternativa para quem não quer ou não pode comer carne.

Nhoque de ricota com espinafre

2 xíc. chá de espinafre cozido com sal, espremido e picado - 600 g de ricota amassada com garfo ou passada na peneira - 120 g de queijo ralado - 6 col. sopa rasas de farinha de trigo - 2 ovos - 2 col. café de sal - pitada de pimenta do reino - molho de tomate pronto

Misturar todos os ingredientes, fazer os rolinhos, cortar os nhoques e cozinhar na água fervente. Colocar em um pirex e cobrir com molho de tomate e levar para esquentar no forno.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mais dos doces de Paris

Por Adriana Haddad


Eu conheci a confeitaria Gerard Mulot em 1994, se não me engano, e desde então se tornou mais um daqueles programas obrigatórios em Paris.

Fui à casa do meu primo-amigo de infância-brother Rafael que mora na rue de Tournelles, para um chá num domingão as 18 hs, e disse a ele que gostaria de levar uns docinhos e ele me recomendou uma loja recém-aberta em uma esquina a 50 metros de sua casa, na esquina da Place des Vosges, foi quando descobri que a minha sonhada Gerard Mulot tinha uma outra loja no Marais!!! Eu estava acostumada a ir na rue de Seine em Saint Germain, mas senti um certo alivio em saber que ela agora se situava na minha zona favorita (Gerard Mulot, 6 Rue de Pas de la Mule).

Realmente é um pecado esse lugar, foi onde eu comi os melhores macarons de Paris, foi onde eu vi os mais lindos doces e igualmente saborosos... imaginem um mousse de caramelo com doce de pêras coberto de chocolate em forma de cone... Comprei 16 doces, éramos 4 e foi um delírio, confiram algumas fotos que fiz :) Acho que de Paris agora... só no ano que vem!


Au Revoir!!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Risoto de bacalhau zás-trás

Por Luciana Betenson




Pleno sabadão, um calor de 43º C em Ribeirão Preto, um bafo quente que parece vir do deserto do Saara, e eu encasquetei de fazer a receita dos Mexidos de Natal para o Intercâmbio Culinário. Estava sem ajuda nenhuma, já tinha feito pão de aveia e mel de manhã, já tinha lavado louça até... :) mas resolvi na última hora que ia fazer um risoto para o jantar.... desejo de risoto... nada Rita Palita!! :) )

Bom, fucei o freezer e tinha um pacote de bacalhau em lascas dessalgado que é muito legal para ter em casa. O preço é bem razoável comparando com outros de bacalhau, e é extremamente prático pois vem prontinho para ser usado... Só tive que deixar uma meia hora escorrendo em uma peneira NA TEMPERATURA AMBIENTE (não de iludam, é 43º C MESMO) que estava ótimo para usar.

Desculpem, blogueiros culinaristas de plantão... mas usei caldo em cubinhos mesmo, tomate da lata, salsinha já picada, pois era para ser risoto zás-trás mesmo!

Ficou muuuuito bom!! Mesmo que, como diz uma amiga minha, “um risoto nunca é igual a outro”, passo a receita deste para vocês!

Risoto de Bacalhau Zás-Trás


2 xíc (chá) de arroz arbóreo - 500 g de bacalhau em lascas dessalgado - 1 cebola picada - 2 dentes de alho bem picados - 2 col (sopa) de manteiga - 4 col (sopa) de azeite - 200 ml de vinho branco - ½ lata de tomates pelados picados grosseiramente - 3 colheres (sopa) de salsinha picada - 1 ½ litro de caldo de legumes ou de peixe - 15 azeitonas pretas grandes picadas

Faça o caldo fervendo um litro e meio de água com 6 cubinhos de caldo de legumes light. Reserve. Prepare o bacalhau: refogue o alho em 2 col (sopa) de azeite e em seguida acrescente o bacalhau e deixe refogar um pouco, para secar e cozinhar, sem mexer muito para não desmanchar as lascas. Em outra panela refogue a cebola na manteiga e no restante do azeite. Jogue o arroz e refogue por mais alguns minutos, coloque o vinho e mexa até evaporar. Vá acrescentando o caldo aos poucos, mexendo sempre, até o arroz cozinhar, mas sem ficar mole. Quando estiver quase cozido, colocar os tomates, as azeitonas e a salsinha e misturar bem. Servir imediatamente.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Desafio Finger Foods: aspargos frescos com presunto cru

Por Luciana Betenson


Mais um desafio culinário! Desta vez quem propôs foi a Chef Débora Cordeiro, do blog Mirepoix. A idéia é preparar um Finger Food, ou seja, uma comidinha pequena para se comer com os dedos, sem usar talheres.

Como diz a Débora, é “uma ótima pedida incluir no cardápio de fim de ano os famosos finger foods que podem ganhar sabores novos e refrescantes. Doces ou salgados, eles podem ser uma reinvenção para aquela salada de sempre se preparados em mini cups, por exemplo, ou como belos mini sanduíches tradicionais servidos quentes ou frios. Pense em novas bases, sai do pão e use legumes e frutas consistentes, agregando assim além de mais sabor, nutrientes para a alimentação e paladar de seus convidados. Invente!!”

Tirei a minha idéia de um livro que comprei recentemente e estou simplesmente amando: Quick & Easy Tapas, da Silvana Franco. O meu finger food é fácil e rápido mesmo!!


Aspargos frescos grelhados com presunto cru

12 aspargos frescos - 6 fatias de presunto cru - 2 col (sopa) de azeite - sal grosso e pimenta-do-reino a gosto

Aquecer o forno em 220º. Lavar os aspargos. Cortar as fatias de presunto cru longitudinalmente e enrolá-las em cada aspargo. Colocar tudo em um assadeira. Pincelar com azeite e polvilhar sal grosso e pimenta-do-reino por cima. Lembre-se que o presunto já é salgado! Levar ao forno quente por 10 minutos e servir, frio ou quente.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Finalmente Paris!

Por Adriana Haddad

Paris, para mim, é simplesmente a soma de todas as soluções de problemas que alguém possa ter... eu realmente sou fã de carteirinha... adoro.

Para começar, quando vivemos uma cidade sem nenhuma companhia como é meu caso (adoro viajar sozinha) e nunca nos sentimos sós quer dizer que um problema está resolvido! Paris é feita para ninguém se sentir só, os restaurantes têm mesas minúsculas para UMA pessoa, as pessoas estão sempre acompanhadas de um livro e/ou um cão... ao mesmo tempo é uma cidade romântica sem ser brega, é moderna mas tem uma história riquíssima, tem restaurantes para todos os gostos e bolsos, tem uma moda que se vê a olhos nus pelas ruas nas mulheres mais femininas do mundo... enfim, na minha opinião é um parque de diversões para todas as idades, aguça todos os nossos sentidos de um modo sublime... amo!


Eu tenho meus lugares favoritos que sempre que chego, entre outros passeios, faço questão de voltar, que são os restaurantes L'ami Jean e o Chez Janou. O L’ami Jean (27, rue Malar) é um bistrô bem clássico, com influência de comida basca. O lugar é pequenino, com mesinhas juntinhas umas às outras, nada fora do padrão de um bistrô parisiense. O Chez Janou já é um restaurante moderno, provençal, lindo, no Marais (2, rue Roger Verlomme).




Na Rue Sèvres, 38, há um enorme mercado gourmet, com uma variedade impressionante de temperos, especiarias, comidas, queijos e bebidas, o Le Grande Épicerie. Desta vez, porém, eu não consegui ir ao L'ami Jean porque estava com meu filho de 8 anos que se cansava muito para sair para jantar, mas fomos ao Chez Janou que estava divino, comi um filet mignon de porco com um molho agridoce de gengibre e laranjas e de sobremesa um carpaccio de abacaxí com açúcar queimado com maçarico de comer re-zan-do! No Le Grande Épicerie como vocês podem ver comecei fotografando os queijos, mas fui bruscamente "vetada" por uma vendedora e como sou politicamente correta parei imediatamente meu trabalho!

No próximo post acho que ainda teremos mais alguma coisinha de Paris...por hoje é só!

sábado, 15 de novembro de 2008

Mais da Espanha: Barcelona

Por Adriana Haddad


Mais da Espanha. Mas agora mudando bem o cenário, de Madrid para Barcelona... Em bom catalão, Barcelona faz compras na avenida Passeig de Gràcia, mas, antes de cozinhar, freqüenta, diante do calçadão da rambla de Santa Mônica, o mercat Sant Josep, chamado de La Boqueria.

Na Catalunha, comer é uma arte consignada, no século 14, no livro de receitas "Llibre de Sent Suvé" -- e Barcelona, capital dessa região autônoma da Espanha, é hoje uma metrópole de 4 milhões de pessoas edificada entre a montanha e o mar Mediterrâneo.


Assim, La Boqueria (http://www.boqueria.info/), o mais vibrante mercado local, comercializa o melhor dos dois mundos, fornecendo tanto pescados frescos e salgados, lagostins, caranguejos e moluscos, como carnes de caça, queijos e charcuteria.

A lista de iguarias à venda inclui ainda ovos diversos, frutas frescas, passas e confitadas, torrone (ou turrón), nozes e avelãs, grãos, cogumelos, olivas e conservas, legumes e uma infinidade de delicatessens, chás, ervas e temperos, com destaque para o açafrão -- tido pelo mais caro condimento do mundo, usado para dar colorido amarelo-dourado ao arroz.

Além de chefs e donas-de-casa, turistas comilões também freqüentam esse mercadão. Não preciso dizer que enlouqueci nesse lugar, mas infelizmente estava hospedada em um hotel e não em um apartamento (e esse é um erro que eu me prometi não mais repetir... é um sacrilégio em ares mediterrâneos...) e por isso não pude comprar tudo que eu vi ...e não foi pouco!


Não deixem de notar os pêssegos gigantes... maiores que o nosso punho fechado!!




segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Intercâmbio Culinário: Mexidos de Natal


Por Luciana Betenson

Resolvi participar do Intercâmbio Culinário, criado pelas queridas blogueiras Ameixa Seca, Axly e Nana (que também é minha parceira no blog Ragazze nella Cucina Italiana). O Intercâmbio Culinário, para quem ainda não conhece, é um blog que publica receitas “trocadas” entre portuguesas e brasileiras. Funciona da seguinte forma: a parceira portuguesa escolhe receitas portuguesas típicas, manda para a parceria brasileira, que então escolhe uma para preparar, e vice-versa. Minha parceira portuguesa é a simpática Mónica Pinto, do Pratos e Travessas. Entre as receitas enviadas, escolhi os Mexidos de Natal.

Razões da escolha:
1º) eu amos doces!! :)
2º) sempre fui entusiasta do hábito português de fazer receitas mais elaboradas com pão. Aqui só conheço pudim de pão... que eu adoro mas não é um doce muito valorizado...

Já em Portugal me lembro com saudade das açordas que comi... principalmente as de camarão e de bacalhau, que são uma delícia! Para mim uma espécie de “risoto”, só que ao invés do arroz se coloca... pão!

Assim, adorei esta receita de um doce português tradicional e típico do Natal, no qual também se usa o pão.

A Mónica me conta que os Mexidos de Natal são originários do Minho, região do norte de Portugal e uma das mais bonitas do país. A ceia de natal no Minho é uma refeição riquíssima que Ramalho Hortigão (escritor português) descreveu assim: " Há um só banquete português que desbanca todos os jantares de Paris, mas que os desbanca inteiramente: é a ceia da véspera de Natal das nossas terras do Minho."

Vamos à experiência!! Primeiro, busca dos ingredientes: não houve jeeeeito de achar pinhões. Procurei em todos os supermercados, dos menores aos maiores, dos populares aos chiques e caros, e nada... Pedi para a Nádia trazer de Campos de Jordão (a Meca dos pinhões em SP) mas nem lá tem pinhão mais... Assim, acrescentei um pouco mais de passas e nozes para compensar.

Depois, na hora de começar a fazer o prato, vi que não tinha limões em casa... (socorro... eu JURAVA que tinha uns dois ainda aqui...) então usei casca de mexirica – hahahahahahaaaaaaa!!

O pão foi outra dúvida. Lembro-me que o pão português é semelhante ao italiano, talvez um pouco mais macio, e como em RP não existem tantas opções, fui no italiano mesmo. Só tirei a casca dura antes de usar.

Enfim, a elaboração do prato: deu tudo certo até a hora de acrescentar o pão. O meu formou “grumos”!!! Hahahahahahahaaa! Acho que é a falta de prática... Mais ainda, fui pondo mais e mais pão, achando que não dava o ponto, no fim foi o dobro do que mandava a receita. O que ocasionou uma conseqüência interessante: depois de frio, os Mexidos de Natal ficaram com a consistência de pudim, de “corte”. Se eu tivesse enformado e desenformado como pudim, tinha ficado bem legal também!

Bom, o gosto é delicioso, puxa nos temperos do vinho do porto, da canela, do mel... e vem na boca a doçura das passas e o crocante das nozes. Uma delícia! Obrigada Mónica!!!!!!!! :)

MEXIDOS DE NATAL
(para 8 pessoas)

1 ½ litro de água
1 colher (sopa) de manteiga
1 cálice de vinho do Porto (usei um cálice com 80 ml)
casca de meio limão (usei casca de mexirica)
1 pau de canela
2,5 dl de mel (pus 220 ml)
1 xíc (chá) de açúcar
1 pitada de sal
50 g de pinhões (não usei pois não achei)
50 g de nozes (usei 100 g)
50 g de uvas passas (usei 100 g)
250 g de pão (coloquei 500 g)

Levar ao fogo a água, a manteiga, o vinho do Porto, a casca de limão, a canela, o mel, o açúcar e o sal. Deixar ferver por 15 minutos. Juntar as nozes e as passas e deixar ferver mais 15 minutos. Cortar o pão em fatias bem finas e passar as fatias rapidamente em um pouquinho de água fervente. Esta água deve ser na menor quantidade possível. Juntar o pão à mistura, cuidadosamente para não formar grumos, deixar ferver mais um pouco para apurar, mexendo sempre.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Quiche integral de ratatouille

Por Luciana Betenson


Mais um desafio do blog “Rita Palita”. Desta vez, temos que fazer uma quiche salgada. Segui à risca as instruções: além de light e nutritiva (ou seja, que deixe a Rita cada vez mais Palita, mas com saúde) a receita tem que ser rápida e bem prática (já que a Rita irá preparar sua receita quando chegar do trabalho, de noite, super cansada)...

A quiche salgada é um dos pratos coringas do jantar aqui em casa. Adoramos!!

Inspirei-me na massa de quiche integral que aprendi com a minha professora de culinária, a Dri!!! Esta massa é uma delícia, fácil de fazer, pouco gordurosa e serve para qualquer quiche salgada.

Inovei no recheio. Na aula, a Adriana deu uma quiche de abobrinha e queijo. Hoje resolvi fazer com recheio de ratatouille, que tinha sobrado do final de semana. Outra coisa fabulosa desta quiche é que você pode aproveitar qualquer resto de legumes ou verduras refogadas para fazê-la.

Pesquisei um pouco sobre quiches. Quiche é uma torta salgada de origem francesa, feita com uma base de massa e recheio de ovos e leite/creme de leite batidos. A esta mistura junta-se o que quiser: carnes, legumes, queijos. A tradicional, que é a Quiche Lorraine, era originalmente feita com creme de leite, ovos e bacon. Hoje é comum adicionar a ela cubos de queijo, principalmente gruyere ou ementhal.

Atenção!! Momento cultural: não confundir QUICHE com KIRSCH... Este último é uma bebida alcoólica, um destilado feito de cerejas.

Quiche integral de ratatouille


MASSA
1 xíc (chá) de farinha de trigo comum – 1 xíc (chá) de farinha de trigo integral – 2 col (chá) rasas de fermento em pó – ½ xíc (chá) de óleo – ½ xíc (chá) de leite – ½ col (café) de sal

RECHEIO
2 xíc (chá) de ratatouille pronto (a receita você acha aqui) - 3 ovos inteiros - ½ xíc (chá) de creme de leite - 50 g de queijo parmesão ralado – 1 col (café) de sal

Ligar o forno a 180º. Fazer a massa: juntar as farinhas, o fermento, o sal e misturar. Acrescentar o óleo e misturar mais um pouco. Acrescentar o leite aos poucos até dar liga. Deixar a massa descansar por 15 minutos. Preencher uma forma de torta média desmontável com a massa. Fazer furos com o garfo e levá-la ao forno por 10 minutos. Enquanto isto, fazer o recheio. Bater os ovos com o creme de leite na batedeira, quando ficar fofinho juntar o queijo e o sal, bater mais um pouco. Juntar o ratatouille a este recheio. Tirar a massa do forno, colocar o recheio e levar para assar por mais 15 minutos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Viajando pela Espanha: tapas

Por Adriana Haddad

Finalmente conheci a Espanha. Parecia uma coisa que estava encantada ... nunca dava certo! Devo confessar que criei uma expectativa muito grande e sendo assim me emocionei bem menos do que imaginei! Isso não quer dizer que não gostei, mas não tive altos delírios como normalmente!

No dia em que cheguei a Madrid, descansei um pouco e saí para experimentar os famosos "tapas" que são aperitivos lindos, e existem em todos os restaurantes espanhóis. Dizem que a palavra “tapas” vem de um costume antigo nas tavernas andaluzas, de “tapar” o copo de vinho entre os goles com uma fatia de pão ou de presunto, para evitar moscas na bebida. Achei engraçado porque as pessoas saem e comem os tapas e não jantam, é a própria refeição. Quis incorporar o modelito espanhol e obviamente pedi sugestão ao garçom, que me apresentou esses cujas receitas eu sugiro abaixo. São todos muito simples, básicos como a toda cozinha mediterrânea, e baseados em azeite de oliva extra-virgem, sal e alho, nada de especiarias... confiram.



Salada de atum com azeitonas e tomates

1 tomate cortado - 1 xíc (chá) de azeitonas - 1 lata de atum ao natural

Misture os ingredientes e tempere com sal e azeite de oliva extra-virgem.



Jamon Pata Negra

É nada mais que presunto cru fatiado, de excelente qualidade.

Tortilla de patatas

250 g de batatas - 6 ovos – 100 ml de azeite - 1 cebola

Descasque as batatas e, depois de lavadas, corte-as muito finas. Corte a cebola. Coloque o azeite na frigideira e quando estiver bem quente, acrescente a cebola, e logo depois as batatas. Coloque sal à vontade, movendo-as de vez em quando até que estejam bem fritas. Bata os ovos em um prato fundo com um pouco de sal, misturando bem as batatas, já fritas A seguir, ponha esta mistura na frigideira com fogo forte até que fique tudo dourado.


Pão com tomates

É um pão normal, tipo italiano, com a polpa do tomate fresco , pouco sal e azeite de oliva extra-virgem. A polpa é passada sobre o pão com azeite. Simples não é???

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Docinhos para o Halloween!

Por Luciana Betenson




Meu filho Bruno adorou as receitas de docinhos de Halloween publicadas na última edição da revista Recreio e me pediu para fazer alguns docinhos para levar na festa do Halloween do curso de inglês. Optamos por fazer os bolinhos de "terra com minhocas" e as "caveirinhas". Foi muito fácil e ficou muito legal! Eles adoraram participar da brincadeira.

Para fazer os bolinhos, usei a minha receita infalível de muffins de chocolate, que está aqui. Só que desta vez não pus tabletes de chocolate dentro, fiz o bolinho simples. A cobertura é chantilly pronto, biscoito Negresco triturado e minhocas de bala de goma. As caveirinhas foram feitas de marshmellows espetados em um palito. Fizemos um corte nas bolinhas e encaixamos dentes de pastilhas Tic Tac e olhos de cravos-da-Índia!

Vejam como ficou legal!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Um passeio pela Provence com a Casa Affonso e o João Roberto


Por Luciana Betenson

Estive neste evento no Espaço Casa Affonso, “Um passeio pela Provence”, a convite da minha amiga Carmo. Foi na segunda-feira dia 27 de outubro. Para quem não conhece, a Casa Affonso é uma tradicionalíssima loja de Ribeirão Preto de presentes, coisas de cozinha e “coisinhas” gourmet como chás, azeites e temperos especiais. Naquela noite fizemos uma degustação de azeites e acetos balsamicos, além de assistir a uma aula de cultura e culinária dada pelo João Roberto do restaurante La Pyramide, também aqui de Ribeirão Preto.

O João, por si só, já é uma boa história. Médico cardiologista e professor de cirurgia cardíaca e toráxica, o João Roberto largou uma bem sucedida carreira (mesmo!) e resolveu cozinhar. Depois de uma pequena temporada trabalhando em Natal, o João abriu seu próprio restaurante em Ribeirão Preto na década de 80. Hoje, o La Pyramide é um oásis de tranqüilidade e boa comida na cidade. De inspiração provençal, o restaurante não aceita fumantes, tem apenas 18 lugares e não tem placa na fachada. Também não tem maître, gerente ou garçom. Ele e a esposa Regina se revezam no atendimento e contam com um pequeno número de funcionários para dar apoio. O João deu tão certo na nova carreira – na qual está há mais de 20 anos – que em 1997 foi eleito Chef do Ano pelo Guia 4 Rodas. Depois, em 2006, seu La Pyramide foi eleito "O Melhor da Cozinha Francesa no Brasil".

O João é uma figura muito interessante. Ele cultiva há mais de 30 anos dezenas de ervas em sua casa, onde também tem árvores frutíferas, flores comestíveis e outras plantas. Muitas das ervas foram trazidas por ele de regiões mediterrâneas, inclusive um pé de louro cuja muda veio da Turquia e que o João diz ter um sabor especial. Ele conta que colhe todos os dias antes do amanhecer as ervas que vai utilizar no restaurante, quando o sol ainda não apareceu para fazer evaporar os óleos essenciais das ervas. Assim, elas são muito mais perfumadas e têm sabores mais concentrados. De fato!! Eu provei :)




Outra recomendação interessante do João é usar os ramos de ervas inteiros no preparo dos pratos. Pudemos comparar o cheiro e o sabor destes ramos de ervas inteiros com outras bem picadas, e de fato faz diferença!

Para o evento, o João preparou uma Tapenade, uma “composição provençal de azeitonas pretas, anchovas, alcaparras e azeite de oliva”, que pode ser apreciada sobre torradas de pão fresco acompanhadas de um vinho rosé ou como complemento para um cabrito ou cordeiro assados e uma salada de vegetais crocantes. Ele recomenda besuntar uma perna de cordeiro ou lombo de porco com a Tapenade antes de levar ao forno, o que “pode resultar em uma agradável surpresa”.

Tapenade do João Roberto (ou "pistou" provençal)
1/2 xíc (chá) de azeitonas pretas - 1/2 xíc (chá) de alcaparras dessalgadas - 4 filezinhos de anchovas - azeite de oliva extra-virgem
Amassar em um pilão as azeitonas, alcaparras e anchovas. Acrescentar o azeite aos poucos até formar uma pasta cremosa.




João também nos ensinou a fazer um Ratatouille Provençal, e enquanto cortava os vegetais foi dando uma aula de cultura sobre aromas e sabores, passando por Marcel Proust e o ratinho Remy do filme Ratatouille. Remy, assim como o João, acreditou no seu sonho e lutou para formar sua verdadeira vocação.

Nas palavras do João, "o Ratatouille é um grande clássico da cozinha provençal, típico de verão, onde a combinação do azeite de oliva, berinjela, abobrinha italiana, pimentão amarelo e vermelho, tomates, cebolas e um leve toque de pimenta vermelha ressaltam o sabor das ervas de provence. A adição da erva doce fresca, salsão, alho porró, e quando disponível o aipo de bola, enriquece sobremaneira o Ratatouille. Ele pode ser saboreado sozinho, quente ou frio, gratinado sobre uma generosa fatia de pão recoberta com parmigiano ou acompanhado de um frango, coelho ou ainda um cordeiro assado”.

Ratatouille do João Roberto

2 berinjelas – 2 abobrinhas – 1 pimentão vermelho – 1 pimentão amarelo – 6 tomates rasteiros – 1 cebola média – 1 alho porró – ½ aipo-bola – azeite – ervas aromáticas como alecrim, tomilho, manjericão, sálvia e louro – pimenta vermelha e sal a gosto

Jogar azeite no fundo de uma forma refratária. Picar a berinjela e a abobrinha com a casca e espalhar na forma. Tirar a pele e as sementes dos pimentões e tomates e picá-los. Adicionar à forma. Acrescentar a cebola, o aipo e o alho porró picados. Acrescentar meia pimenta vermelha picadinha sem as sementes. Intercalar o prato com as ervas aromáticas. Levar ao forno pré-aquecido a 180º C durante 45 minutos a uma hora. Retirar do forno, salgar e mexer com um garfo para misturar. Colocar mais azeite de oliva e servir.

Se quiser acrescentar alho, o João recomenda que se refogue separadamente em uma frigideira com azeite um ou dois dentes de alho em lascas, sem o miolo, e só então acrescentá-los ao Ratatouille depois de assado.

Comemos este Ratatouille com um pão fresco feito pelo próprio João. Estava divino!! De encher os olhos e a barriga! Foi uma noite deliciosa regada à comida provençal, um vinho rosé delicioso, muita simpatia e sorrisos.



No fim, mais uma surpresa.




Ganhamos do João um mimo, uma sacolinha com um mix das ervas de sua horta, que podíamos escolher na mesa do preparo dos alimentos. E da equipe do Espaço Casa Affonso, responsável por este evento tão especial, um vidrinho de azeite como lembrança!